O Melhor Amigo do Meu Irmão- Capítulo 2.

— Todo mundo gostou da foto que eu postei no facebook, seu sonho não era ficar famosa? Acho que mereço um obrigado. — Disse meu irmão zombando de mim.


Bufei virando os olhos, logo eles se depararam com um garoto ao lado do meu irmão, ele olhava para trás, até que ele se virou e troquei meu olhar, o botando em direção ao meu irmão e respondi automaticamente.

— Eu tenho uma aqui no celular que se eu postar, sua vida tá acabada, então eu acho melhor você ficar quieto..


Antes que Paul pudesse contra-atacar, fui salva pelo gongo. O sinal tocou e tivemos que subir para a sala de aula.


[...]


Finalmente uma hora de aula acaba e nós fomos liberados. A aula foi um saco, Michael ficou me mandando bilhetinho durante a aula toda e eu como sou educada, sorri, mas não respondi. É, acho que não sou tão educada assim. Eu e Michael já namoramos no início do ano, mas pra mim foi só um 'caso' . Na ladeira do colégio fui descendo com Megan conversando, assim que atravessei o portão do colégio no final da descida, vi meu irmão conversando com seu amigo que eu ainda não descobri o nome. Eu sempre vejo meu irmão com ele, sempre o notei, mas sei que ele nunca me notou. Me despedi de Megan e quando eu ia embora, meu irmão falou para eu o esperar. Isso foi um tiro no pé. Por que? Porque eu teria que ir com Paul e dois amigos dele que eu conheço desde pequena, mas perdi a intimidade.


Depois de uns 5 minutos de ficar olhando o nada, meu irmão decide ir. O caminho inteiro eu fiquei em silêncio, até que Matheus decide falar comigo.


— Nem fala mais comigo né? — Ele me deu um leve empurrãozinho e eu sorri corada.
— É né..


Estava sem resposta e apenas fiquei em silêncio.. Quando chegamos em casa, joguei minha mochila no sofá e subi para tomar um banho, o clima que estava hoje me deixou muito suada.


Alguns dias depois...


Hoje começa a olimpíada interna no colégio e meu time é a cor amarela, meu irmão ficou na cor verde. Todo ano eles botam a lista de quem está em cada time em um papel colado na parede do refeitório e soube pela Megan que ela não vai participar, pois não quis. Esses dias eu comecei a falar mais com Matheus. E descobri o nome do outro amigo do meu irmão. Ele se chama Ian, tem 18 anos e é um tremendo gato, porém isso não é segredo. Cada equipe se junta na quadra, e adivinha quem está no meu time? Ian! Maravilha.. Sorte que eu sou boa em esportes.


Depois de jogar queimado e vôlei, temos o intervalo das equipes. Michael estava no meu time também. Enquanto eu olhava pro nada, Ian apareceu na minha frente.


— Oi, tá ai sozinha por quê? — Ele disse me encarando com aqueles olhos azuis claros. Ah! Aqueles olhos azuis profundos e cintilantes combinados àquele sorriso terno, formado por aqueles lábios tão caprichosamente desenhados.

— Não tenho muita intimidade com os outros. — Dei um sorriso meio tímido.

— Você jogou bem, seu irmão bem que me falou que você era boa. — Quase não aprestei atenção com aqueles lindos olhos me hipnotizando.

— Você também jogou bem. — Disse num tom tímido.


Antes que nosso papo pudesse continuar, a equipe foi chamada pra jogar.


— Boa sorte — Disse ele e sorriu.

E esse foi o começo da minha amizade com ele, mesmo sendo só uma conversa comum, depois disso, ele começou a falar comigo. Na maioria das vezes, era ele que me chamava, pois ele era da turma mais velha do colégio e me sentia inferior ali. E depois de tempo, conheci ele e ele me conheceu, não totalmente, temos muito a conversar ainda, mas sinto que posso confiar nele, que posso confiar no meu amigo.


No início do ano que vem/ Fevereiro.


Sou acordada por meu despertador e meu sonho se acaba pelo som de "Like a G6". Mudei de escola por minha vontade e infelizmente, a Megan não veio comigo. Todo primeiro dia de aula eu acordo 2 horas e meia antes para não ocorrer nenhum atraso. Tenho que estar na escola 7:00 e eu acordei 5:30, ainda mais porque não moro tão perto do colégio, mas nem tão longe. Me levantei da cama preguiçosamente, logo me deparei com o espelho, estava parecendo um zumbi. Entrei no banheiro e tomei um banho, só deixando a água do chuveiro cair sobre mim, o dia vai ser divertido, conhecer novas pessoas, novos professores, uma nova escola enorme... Já sonhei várias vezes com esse dia e um desses sonhos vai se realizar. Botei uma calça jeans, a blusa do colégio e como estava frio, um casaco por cima e vesti meu tênis.

Desci as escadas e logo vi a família toda acordada tomando café no silêncio, me juntei a eles animada.


— Estamos em um filme de zumbi? Porque vocês estão parecendo um. — Disse enquanto pegava nutella no armário.
— São 5 horas da manhã, você quer que a gente esteja pulando e fazendo malabarismo? — Disse meu irmão sarcasticamente.

Assim que acabei de tomar café, meus pais foram para o trabalho, eu e meu irmão ficamos no lado de fora de casa esperando a carona chegar. Eu perguntei mil vezes para meu irmão quem iria levar a gente e ele ignorava. Até que um carro preto apareceu e parou em frente a nós, o vidro estava escuro, então não dava para ver quem estava dirigindo. O carro me lembrou um Hyundai Prada, a lembrança me veio a cabeça por causa de uma vez que fiquei vendo um programa na tv sobre carros com meu pai. Meu irmão logo tomou iniciativa, abrindo a porta da parte de trás e fez um sinal com a mão indicando para eu entrar, assim obedeci e entrei. Sentei do lado da janela e logo fui ver quem estava sentado a minha frente e vi uns cabelos negros meio que bagunçados, não consegui identificar muito bem.

— Oi Niniz. — O cara da frente disse virando a cabeça para trás em direção a mim e assim terminou a frase com um sorriso. Logo vi quem era: Ian!

— Olá senhor Smolder. — Disse um pouco tímida. Adoro quando ele me chama de Niniz, da onde ele tirou esse apelido? Ele que criou. E assim eu criei o Smolder.

— Fala aê Ian! — Disse meu irmão entrando no carro e se sentando no banco ao lado de Ian e também tirando todo o clima.

— Fala aê! — Disse Ian e assim virou para frente, começando a dirigir.


Fiquei o caminho todo calada, Ian até tentava puxar papo, mas depois o silêncio retomava o carro. Assim que chegamos no colégio, eu fiquei deslocada. Óbvio, não conhecia ninguém ali. Quando bateu o sinal, fui procurar minha sala. A turma era 712, procurei o andar todo e finalmente achei. Quando entrei tentei ser a mais discreta possível, graças a Deus tinha um lugar vazio no canto, colado com a parede e na primeira cadeira da fileira  Não queria sentar no fundão, até porque ali permanecia o grupo de amigos e seria como se eu estivesse invadindo sua área.


Me sentei e tirei meu caderno e estojo da mochila, olhei para trás curiosa, mas nem deu para ver nada pois logo voltei a olhar para o quadro pra não encarar muito tempo e perceberem. Olhei mais uma vez e por um momento, me bateu saudade do meu colégio antigo. Todo mundo se abraçando, um falando com o outro e eu aqui parada, encarando a felicidade dos outros. Eu imaginava que seria outra coisa. A aula enfim começou, todos se apresentaram, quando chegou minha vez, minha voz nem saiu direito, mas acho que deu pra entender. A aula foi um tédio, a professora passou muita coisa para nós copiarmos e eu decidi me concentrar esse ano nos estudos. E então deu a hora do intervalo, não queria sair e ficar sozinha olhando pros outros se abraçando e falando coisas como: "que saudade" e na maioria das vezes, um monte de meninas compartilhando coisas das férias. Então fiquei na sala e uma menina também ficou.

— Oi, você é nova aqui? — Disse a garota, enquanto se aproximava da mesa que eu estava sentada.

— Sou. E você? — Perguntei esperando uma resposta que fosse "sim".

— Sou. — Que bom, agora não estou mais sozinha.

— Qual seu nome? — Perguntei depois de um tempo.

— Eduarda e o seu é Nina, não é?

— Como você sabe?

— Você falou quando a professora perguntou. — Disse ela e sorriu.

— Eduarda, vem logo! — Disse uma outra menina encostada na porta que parecia ser amiga dela.

Ela então foi sem nem se despedir, ô povo educado...

— Não pode ficar aqui no intervalo mocinha. — Disse a coordenadora de blusa social azul e uma calça preta.

Logo me retirei e sentei no banco do pátio. Nossa, como esse colégio era diferente do meu antigo. Parecia que tinha mais de 100 pessoas no intervalo, olhei pra cima e eram 3 andares a mais. Fiquei observando as pessoas conversando e sorrindo, me bateu uma saudade do meu colégio antigo, tinha muitos amigos e era fácil de se enturmar. Mas bem que meu pai me perguntou várias vezes se eu tinha certeza de que queria vir pra cá, então não posso reclamar, apesar do dia estar sendo muito chato.

O intervalo parecia que nunca ia acabar, eu sempre quis que os intervalos durassem a eternidade, mas agora quero que acabem logo.


[...]


Na hora da saída, fiquei esperando Ian e meu irmão descerem. Fiquei no meio de um monte de gente enquanto mexia no celular, estava tão distraída que tomei um susto quando Ian veio falar comigo.


— Sou tão feio assim? — Disse ele brincando. Nossa, ele falando isso? Que ironia.

— Eu tava distraída. E oi! — Ele abriu os braços pronto para um abraço, então o abracei. Nossa, como aquele abraço era aconchegante, só ele sabia me abraçar de um jeito que me fazia sentir protegida.


Logo meu irmão chegou e nós nos soltamos. Fomos para o carro e ele começou a dirigir, depois de meia hora, chegamos em casa e nos despedimos dele.


Nas férias, ele foi na minha casa duas vezes junto com Matheus e Megan, e eles ficaram até lá 02:00h da manhã nos dois dias, meu pai os levou em casa depois. E depois teve mais encontros na casa dele com o pessoal. E não é que com esse jeito dele de ‘pareço estranho mas sou legal’ me conquistou? E hoje eu percebi que eu sinto algo por ele, que é além da amizade. E agora nossos papos são meio diferentes, quando antes era aquele papo de colegas sem assunto, agora o assunto não acaba e sinto que ele confia em mim, já desabafou comigo várias vezes sobre algumas coisas e vice-versa. Eu não vou dizer que quero uma casa, dois filhos e um cachorro para termos uma vida perfeita. Eu vou dizer que com apenas um abraço de conforto valerá por mil palavras ditas.

FLASHBACK ON **

Eu e Megan fomos para fora onde estava a piscina, Ian, meu irmão e uns amigos deles estavam dentro dela.


— Onde a gente vai estudar? — Perguntou Megan enquanto andávamos.
— Ali. — Apontei para as mesas de plásticos perto da piscina.
— Perto da piscina? Eles vão acabar molhando a gente.


Fui caminhando com Meg até a mesa com o material.


— CHEGUEI, ACHO BOM NÃO ESPALHAR ÁGUA NAS MINHAS COISAS! – Gritei para Paul que se preparava para uma bombinha de água. — Oi Ian, Oi meninos! — Sorri para Ian dentro da piscina e com os braços apoiados na borda.

— Oi Nina. — Devolveu ele com um aceno. Meg deu uma risadinha abafada e nos sentamos, botando os materiais em cima da mesa.

— Não vai me falar o nome dos meninos? — Disse Meg.
— Tá, aquele ali estirado na cadeira é o Noah. – Disse apontando discretamente para um garoto de cabelo desgrenhado e castanho, com óculos escuros, deitado em uma espreguiçadeira. —  Ele é bem garanhão, mas é legal. — Dei uma piscadela.

— E o outro? —  Perguntou 

— Joseph, um amor. Ele é simplesmente o garoto mais fofo do mundo. — Expliquei, mostrando um garoto de cabelos loiros curtinhos e ondulados, com olhos verde-claros. Ele permanecia parado na borda da piscina com um copo vermelho na mão. 

— E o outro? Matheus?! — Megan lançou um palpite.

— É, eu conheço ele desde pequena, tinha perdido o contato por falta de papo, mas agora somos bem amigos. — Olhamos para ele, que no caso estava fora da piscina, sentado na beira. Seus olhos cor de mel misturados aquele cabelo loiro arrepiado, Matheus sempre foi bem bonito desde que o conheci.
— Hum...
— E o outro é o Ian. Que você já sabe MUITO BEM. E o Paul, meu irmão, dã.

— Deu de falar deles, vamos estudar. —  Disse Meg começando a fazer uma conta no caderno.

— Ô NINA, NÃO QUEREM ENTRAR? — Perguntou Joseph, levantando da borda e andando até a mesa.
— Não dá. Estamos estudando. — Respondi sem tirar os olhos do caderno.
— Claro que dá. — Disse Joseph e logo vi sua mão fechando meu caderno, olhei para ele e ele fez uma carinha de cachorrinho abandonado.
— Ah Meg, vamos lá dentro pegar um biquíni então. — Disse.
— Não sei, acho que não vou entrar. — Megan respondeu timidamente.
— Entra também. — Falou Dean saindo pela porta dos fundos e vindo para cá. Ela sorriu toda vermelha. Dean parecia muito com Matheus na aparência, mas no caso dele, ele tinha a aparência mais adulta, era forte e seus olhos no caso, eram esverdeados. Seu cabelo louro escuro, na maioria das vezes estava meio despenteado e isso deixava um charme nele. Eu também não quero pegar ele, mas que ele é bonito, tenho que concordar nisso.
— Tá! —  Disse ela rapidinho e fechou as suas coisas. Ela gosta do Dean, só não fala muito disso; Meg me puxou pra dentro de casa para trocarmos a roupa. Voltamos enroladas em toalhas. Todos já estavam dentro da água fazendo o que se faz dentro de uma piscina, nadar e se tacar água. Tirei a toalha, corri e me atirei na piscina em um salto. Meg ficou olhando, paradinha.

— Vem logo! — Gritei de dentro da piscina.

— To bem aqui. — Disse ela.

— QUE TA BEM O QUE? VEM LOGO! — Gritou Dean saindo de dentro da piscina e agarrando Meg no colo, que meio que se debatia.

— NÃO, PARA, POR FAVOR, NÃO QUERO! — Suplicava ela, ele havia pegado ela pelas pernas, fazendo com que a garota ficasse de bunda pra cima. Dean arrancou a toalha dela e se jogou na piscina com Megan. 

— Morreu? – Perguntei sarcástica.

— Espero que não, não vejo luz nenhuma. — Riu ela, mergulhando logo em seguida.


Logo uma música animada começou a tocar, olhei para a caixa de som que estava meio longe da piscina e vi que Paul estava mexendo nela. Dean e Noah saíram da piscina e se posicionaram na borda da piscina e começaram a dançar de palhaçada, Paul se juntou e fez o mesmo. Aplaudimos e gritamos muito. Foi divertido. Quando o show acabou, eles se jogaram na piscina fazendo um monte de água sair dela

— Gente, vamos fazer briga de galo! —  Me empolguei. 

— Tô fora, da última vez levei um arranhão na testa. — Disse Joseph, se afastando. — Eu sou o juiz.
— Eu também, a Nina puxa os cabelos das pessoas. — Falou Paul indo ao lado de Joseph. 

— Beleza, eu vou com a Nina e vocês dois. — Disse Ian se posicionado ao meu lado e apontando para Dean e Megan.
— Vamos ganhar isso Dean, não aceito perder. —  Meg falou animada.

— Perder? A gente vai ganhar. — Ele sorriu.



Subi nos ombros de Ian e Meg fez o mesmo com Dean, então começou a brincadeira. Foi puxão de cabelo pra lá e pra cá. Acabou que Megan e Dean ganharam. Paul e Joseph foram para a churrasqueira e começaram a preparar algo.


— Nina, vai lá dentro pegar copos e talheres. — Paul disse.

— Tá, tô indo. — Disse me levantando da borda da piscina.

— Prato também. — Ele gritou.

— O.k.! — Respondi.

— Quer ajuda? — Disse Ian.

— Já que você disse, sim. — Disse.

Ian se levantou e entramos em casa e logo em seguida, fomos na cozinha. Fiquei na pontinha do pé para pegar os pratos e quando peguei, perdi um pouco do equilíbrio e me encostei em Ian que estava do meu lado.


— Niniz, onde fica os talheres? — Perguntou ele abrindo uma das gavetas.


— Niniz? — Perguntei.


— É. É um apelido fofo e bonito. Combina com você. — Disse ele e assim sorriu, aquele mar azul que me olhava e aquele sorriso meio torto me deixavam até um pouco tímida.

— Ok senhor Smolder.

— Senhor Smolder? — Ele riu.

— É. Seu sobrenome é Somerhalder e fiz esse apelido pra você. É um apelido fofo e bonito, combina com você. — Disse imitando ele, fazendo uma voz masculina nas palavras que ele também pronunciou.

— Seus olhos são bonitos. — Ele disse dando um passo a frente.

— Acho que eu que tinha que dizer isso. — Sorri corada.

— Prefiro olhos castanhos, como os seus. — Ele disse categoricamente e sorriu.

— Os talheres ficam na gaveta ali do canto. — Disse tentando mudar de assunto.

Ele se afastou e abriu a gaveta de talheres ao meu lado. Fui pegar os copos no armário alto na pontinha do pé. Consegui alcançar um, mas quando o puxei, o deixei cair, fechei os olhos esperando o barulho estrondoso, mas não houve nada. Voltei a olhar e quando vi, Ian estava o segurando na mão, com o braço estendido para mim.

— Cuidado pra não destruir a cozinha inteira. — Ele sorriu ironicamente.

Sorri aliviada e tirei a franja da frente do rosto com a mão.

                                           

                                                 

— Acho melhor pegar copo de plástico mesmo. — Peguei o copo da mão dele e botei em cima da pia.

— Eu pego. Pega os talheres e os pratos.

— O.k.

Botei os pratos e talheres em cima da bancada e ele botou os copos.

— Fiquei sabendo que o Jo ficou mal por causa do término com a namorada. — Disse enquanto arrumava os pratos.

— É... Ele tá superando aos poucos. — Ian baixou os olhos.

Ficamos em silêncio por um tempo, até que ele passou por mim e me virei, olhando para onde ele iria. Até que ele  pegou um porta-retrato no final do balcão e mostrou para mim.

— Chorando? — Ele apontou para mim na foto. Eu estava ao lado de Paul nela, eu devia ter uns 6 anos e estava choramingando enquanto o Paul ria. Lembrei desse dia e sorri.

— Nesse dia, o Paul pintou minha barbie com canetinha e ainda cortou o cabelo dela curtinho. Ela ficou parecendo a Pink! — Ele começou a rir e isso me fez rir também. Ian botou o porta-retrato no lugar anterior e andou até mim.

— Sorria! — Ele disse com um dedo puxando a lateral da minha boca e com o outro, puxando a outra lateral. Sorri grande. — Quero sempre te ver sorrindo pra acompanhar seus olhos castanhos. — Ele disse brincando.

— Pode deixar Smolder! — Disse empolgada.

Nos olhamos, ainda sorrindo e de repente, ele me abraçou. Fiquei meio paralisada na hora, mas logo o abracei também.

— Eu também te amo. — Disse em meio ao abraço.

Por mais que essa frase significasse algo a mais, ele não repararia. Dá um medo de isso não dar certo, até porque é como se ele fosse um adulto e eu uma criança ainda descobrindo o mundo. É, eu não sou de coisas muito clichês, mas acho que nesse assunto, todo mundo tem um pouco do clichê em si.

FLASHBACK OFF*

TO BE CONTINUED...