— É normal sentir muita raiva a ponto de você querer matar qualquer um a sua frente quando se é vampira? — Disse
— É, mas você nunca conseguiria me matar, eu te matava apenas em um minuto.
— Vai se achando mesmo..
— Tá com raiva por que?
— Cody..
— Drama adolescente..
— Cala a boca!
Empurrei ele e ele caiu no chão.
— Pediu pra morrer agora. — Ele disse e deu um sorrisinho.
— Tchau Matt, tenho que ir, não tenho tempo para brincadeiras.
Andei até a porta, mas ele me impediu, ele me empurrou e eu caí em cima da cama e ele em cima de mim. Virei ele, peguei uma chave de fenda improvisada no chão e apontei pra ele.
— Meu pai deve ter deixado aqui. Viu, eu poderia te matar, é só enfiar essa ferramenta bem no seu coração e pá, morreu.
— Não.. Porque não é de madeira!
— Hã?
— Pra matar um vampiro tem que enfiar uma estaca de MADEIRA no coração dele e isso é de metal.
— Tá, mas se fosse de madeira eu te mataria, fraco.
— Fraco?
Ele me empurra, eu caio deitada na cama e ele em cima de mim.
— Acho que não. — Ele disse.
Ele sai de cima de mim e eu levanto da cama.
— Vou pro colégio, tchau. — Disse.
— Eu te levo.
— Não, prefiro fazer isso sozinha.
Saí pela porta do quarto, desci e fui para o colégio.
[...]
Chegando lá, me senti uma pessoa diferente, com alto estima e positiva. Entrei no colégio com um andar confiante e com um olhar persistente.
Avistei o Cody e a Alison juntos, conversando, rindo e até com uma certa intimidade.. Fui neles já aprontando.
— Novo casal do colégio? — Falei e sorri debochadamente.
Eles se olharam e Cody abaixou a cabeça.
— Então você terminou comigo pra ficar com ela? Que escolha péssima..
— O que tá acontecendo com você? — Disse Alison.
— Isso não é nem o começo.
Fui embora e o Cody veio atrás de mim, Alison ficou lá, ele me puxou pelo braço.
— Cara, ela é sua amiga, vai fazer isso mesmo com ela? — Disse Cody.
— Era minha amiga, se não ela não namoraria você, sabendo de que.. Nada;
— Que o que?
— Que nada!
— Que você me ama?
— E se eu disser que te amo? Vai mudar alguma coisa? — Dei uma pausa — Foi o que eu pensei. — Falei seca.
Fui para a sala de aula.
[...]
No intervalo fiquei com o Chris.
— O clima tá tenso.. — Disse Chris.
— Eu não aguento ver esses beijinhos falsos deles e esse amor fingido. — Disse vigiando eles.
— Quer um conselho?
— Na verdade.. Não.
— Tá, mas eu preparei esse lindo conselho na minha mente e ficou muito inspirante, então deixa eu falar.
— Tá, fala.
— O conselho é o seguinte: Vive a sua vida e o que os outros se danem, faça o que você quer e seja você mesma ou tem outro conselho..
— Qual?
— Manda se f****! — Ele sorriu.
(Desculpem o palavreado)
— Gostei mais do segundo. Sabe o que eu quero fazer agora? — Disse com um olhar vingativo.
— Comer.
— Não. Eu quero ir agora neles e falar o quanto o amor deles é falso e fingido.
— Então vai.
— Tá
Fui andando até lá e escutei o Chris dizendo "Era brincadeira!" . Quando eu estava perto, o Cody falou para a Candice "Eu te amo", acelerei meu passo e cheguei neles os encarando.
— Sabia que é falta de educação dizer "eu te amo" com a boca cheia de mentiras Cody? — Disse e sorri.
Cody não falou nada, Alison igualmente. A pior coisa do mundo é quando alguém faz você se sentir especial, e de repente, te deixa de lado. E aí você tem que agir como se não se importasse. É isso que eu to fazendo agora, danasse para ele, ele quer me ver triste, mas eu não vou dar esse gostinho pra ele e nem pra ela.
— Nossa Alison, tem umas garotas que passam tanta maquiagem de manhã que quando dá 12:00h, tá parecendo um panda, um exemplo é você. Maquiagem de camelô? Tá na hora de comprar uma boa né?
Ela novamente não falou nada.
— O gato comeu a língua? Ou foi o Cody que não sabe beijar? É, ele também não me beijava bem, teve uma vez que ele me mordeu e ficou machucado depois, coitado.. Namorou comigo tanto tempo e ainda não sabia beijar.
— Olha, eu não aguento mais, eu tenho que falar. — Disse Alison para Cody
— Assim ela vai piorar — Disse Cody para ela.
— Hello, eu to aqui! — Disse
— Você virou uma vadia que não liga mais pra ninguém e só para o próprio umbigo, que só porque você tinha tudo, como um namorado lindo, líder do time do colégio, você tinha uma reputação aqui e todos agora te chamam de vadia pelos corredores! SIM, É DIFÍCIL PERDER UM NAMORADO, mas quem disse que a vida é fácil? Temos que aprender a superar, tentar ser feliz e se não der com a pessoa que você ama, bola pra frente!
Aquilo mexeu comigo de algum jeito, ela falou tudo na minha cara e falou com razão, eu acho.. Quando ela falou aquilo todos ficaram olhando.
— Pessoas mudam — Falei seca e fui embora, depois daquilo que ela falou, acho que é melhor ir embora mesmo.
Quando saí todos ficaram olhando para mim.
— PERDERAM ALGUMA COISA AQUI? TÃO INCOMODADOS COM O MEU SUCESSO? Aquela ali perdeu o peito, porque ela não tem nada, mó sequinha, a outra perdeu a bunda, que parece até uma tábua, virou Taylor Swift?— Disse e fui em direção ao Chris.
(Nada contra a Taylor gente, mas é que ela não tem bunda, sacou? Mas a Taylor é diva! Levem no humor)
— Tu queria um barraco né? — Disse Chris.
— Danasse pra ele! Antes só do que bem acompanhada, como diz o ditado..
— É "antes só do que mal acompanhada"
— Tanto faz.
{...}
O sinal bate e eu saio da sala de aula. Encontro a Alison fora do colégio conversando, o garoto que ela estava conversando vai embora e eu vou nela.
— Já traindo? Que pecado! — Fiz uma cara de assustada fingida.
— Por que isso? O que aconteceu com você? Só porque eu to namorando o Cody agora somos inimigas?
— POR QUE?! VOCÊ AINDA PERGUNTA? Vocês me magoaram! E esperem que eu perdoe? Antes eu era muito boazinha, perdoava todo mundo, mas agora eu mudei, eu não vou te perdoar pra você fazer isso de novo, roubar o namorado dos outros!
— Eu não mando no que eu sinto.
— Muito menos eu e agora eu to sentindo uma raiva tão enorme que eu to com vontade de arrancar essa sua cabeça enorme.
— Arranca!
— Não vou gastar meu tempo com você, tenho mais o que fazer. — Fui andando.
— Tipo dar para aquele cara que você ta saindo? Tipo rodar a bolsinha na rua?
Voltei nela e joguei ela longe, ela bateu as costas na parede. Agora que eu sou vampira, pelo jeito eu sou muito forte e isso é bom, agora ela vai ver o que é bom pra tosse. Andei até ela, ela mal conseguia se levantar. Levantei ela pela gola da camisa e joguei ela no carro. Ela se cortou no vidro, o braço dela estava sangrando, não conseguia parar de olhar para aquela coisa vermelha e deliciosa. Meu olho começou a ficar vermelho em volta e eu não conseguia me afastar, quando ia sugar o sangue dela, as pessoas começaram a sair do colégio, então andei rápido e sumi como um vulto.
(Não no sentido literário, sumi mesmo como um vulto.)
[...]
Cheguei em casa, bati a porta forte e fui na cozinha, minha mãe estava lá.
— Cadê a comida?
— Eu estou fazendo.. — Disse ela calma enquanto mexia na panela.
— Quando você fala que tá fazendo, você nem começou a fazer, mas dessa vez, tá caprichando heim.. Só esse bife que tem que melhorar, ontem eu achei fio de cabelo nele. — Falei debochadamente.
Ela ficou com cara de poucos amigos.
— Agiliza isso Jennifer. — Disse.
— Jennifer?
— É.
— Eu sou sua mãe, por que essa palhaçada agora?
— Tem certeza que eu tenho que te chamar de mãe? — Disse e subi para o meu quarto.
A maioria das pessoas mentem 3 vezes por dia, o que dá 1095 mentiras ao ano e em 5 anos são 5475 e a mentira mais comum é "Estou bem". Grandes ou pequenas mentiras, são mentiras. E hoje eu não estou bem, eu vivi uma mentira a minha vida toda, isso pode parecer drama para muitos, mas aqui dentro dói. Estou morrendo por dentro e sobrevivendo por fora. Pessoas mentem, sorrisos enganam e olhares iludem, essa é a vida.
— Podemos conversar? — Disse Jennifer batendo na porta e gritando do lado de fora.
Ela então abriu a porta lentamente e sentou do meu lado.
— Como você descobriu? — Ela disse.
— E isso importa agora?
— Eu e seu pai iriamos te contar, mas é que sabemos que você reagiria assim, então tivemos medo.
— Eu já tenho 18 anos, iam me contar quando? Nunca?
— Nós tivemos medo de te perder..
— Sai do meu quarto.
Ela se levantou lentamente com vontade de ficar, mas foi embora. Eu sempre fui muito sentimental com as coisas, mas desde que me tornei vampira, o resto que se dane. Mas a verdade é que aqui dentro, eu estou ligando pra tudo. O Cody e a Alison acham que eu estou nem ai para o término e a minha briga com a Ali, mas na realidade, eu estou triste e desabando por dentro. Mas o melhor é ser forte e fingir não ligar por fora, assim você não se magoa tanto.
[...]
Já era mais ou menos de noite quando decidi sair do meu quarto, fui para a casa do Matt. Chegando lá, bati na porta, ele abriu e eu já entrei falando disparadamente.
— Eles sempre podem errar né? Mas ai quando eu erro eu sou uma vadia sem coração mais fria que uma geladeira! Tô cansada de me julgarem, de mentirem pra mim, de me fazerem de boba! — Disse rapidamente.
— Oi pra você também.
— Oi, como essa sociedade é hipócrita né? — Falei rápido.
— Você interrompeu minha janta pra isso? Sério?
— Não! É pra outra coisa! Espera ai.. Você janta? Mas vampiros.. — Ele me interrompeu
— Janto sangue.
— Atá.
— Você veio aqui pra que?
— Nova York!
— Com você? Você não vai saber se divertir em Nova York, você é.. Chata!
— Eu não vou pra lá me divertir, vou pra lá encontrar meu pai!
— Encontro de filha e pai, que lindo! — Ele falou zombando.
Comecei a chorar automaticamente.
— Por que eu to chorando?
— Porque você é uma vampira. Porque seus sentimentos estão intensos agora, porque você está emocionada porque vai conhecer seu pai e porque você está se sentindo traída por descobrir a grande mentira e triste por não ter mais um namorado, uma amiga e nem ser mais tão querida assim.
— Eu não quero ficar chorando pelos cantos por causa disso!
— Se desliga então.
— Ou seja, morrer?
— Não, ou seja, se desligar.
— Explica.
— Eu tinha que ter te dado um manual.
— Muito engraçado, agora dá pra explicar?
— Desligar a sua humanidade, é como se você apertasse um botão de desliga e passar a não dar importância a mais nada em sua vida. Como desliga suas emoções. Mas com o tempo se você se deixar permitir sentir, sua humanidade pode voltar e você vai ter que arcar com as consequências, como segurar todo o peso que você segurou sem a humanidade, mas agora com suas emoções.
— Que complicado.
— Quando você se desliga de tudo, a coisa é bem mais fácil. Eu me desliguei, é melhor assim.
— Queria me desligar, assim pararia de confiar nas pessoas erradas. — Dei uma pausa e comecei a chorar automaticamente — Só assim pararia de esconder os meus sentimentos que nas maiorias das vezes, eu escondo como algo
proibido, afinal eu não teria sentimentos... Pararia de ser besta, e falaria para os meus pais, a minha versão das coisas, da minha vida. Acho que.. — Ele interrompeu.
proibido, afinal eu não teria sentimentos... Pararia de ser besta, e falaria para os meus pais, a minha versão das coisas, da minha vida. Acho que.. — Ele interrompeu.
— Acabou com o discurso dramático? Vai se desligar ou não?
— Como se desliga?
— Se conecta ao sentimento que você tá sentindo agora, faz ele ficar mais forte, bem forte, sinta ele.
Comecei a chorar muito naquela hora, pois o que eu estava sentindo era só tristeza.
— Agora faz ele ficar fraco, esquece ele completamente e pronto.
Fiz o que ele mandou e chorei mais ainda.
— Por que você ainda tá chorando? Cara, faz o que eu mandei direito!
— Ah, é que eu tinha feito esquerdo!
— Não, não teve graça.
— Eu não consigo!!
— Então vamos ter que ter a ajuda de uma bruxa.
— Já to enjoada de ouvir a palavra "bruxa".
— Você quer se desligar ou não?
— Quero.
Ele pegou sua jaqueta de couro, entramos no carro e fomos até a alguma bruxa, demorou 2 horas para chegarmos, quando chegamos, entramos na casa e ela estava cheia de sangue pelos cantos, suja e largada, quando vimos a bruxa morta no chão.
— Acho que chegamos tarde demais. — Disse ele.
— O que aconteceu?
— Pergunta pra ela, ops, ela tá morta.
— E agora?
— E agora que você vai ter que esperar pra se desligar, simples assim.
— Tá, agora vamos para Nova York.
— Agora?
— Não, ano que vem! Claro que é agora.
— Como quiser senhorita autoridade.
Fomos para o carro rumo a Nova York.
[...]
Acordei e já estava de manhã, Matt não estava no carro. Sai e me surpreendi com o poder de Nova York, é tão.. energizante. Sai para explorar Nova York, entrei em um bar com música e gente feliz, decoração linda. Bebi um pouco e fiquei um pouco desnorteada, dancei com alguns caras e depois quando sai do bar, dei de cara com o Matt do outro lado da rua. Sorri para ele e atravessei a rua.
— Legal me deixar sozinha no carro né? — Disse
— Virei babá agora?
— Você conhece Nova York, eu não.
— Quando vim aqui pela primeira vez, não conhecia também.
— Quero achar o Nicholas.
— Quem?
— Meu pai biológico.
— Você acha que vai achar ele como? Nova York é enorme.
— Já achei.
Ele fez uma cara de quem não estava entendendo nada, se virou e olhou para onde eu estava olhando. Era um cartaz anunciando um show de mágica onde Nicholas estaria participando hoje de noite.
— Foi mais fácil do que eu pensei. — Disse ele.
— Me mostra Nova York?
— Nova York é.. uma bolsa de sangue em forma de cidade. De noite eu te mostro, agora vamos procurar um hotel.
[...]
Acordei na cama do hotel e já era de noite, Matt não estava. Peguei a roupa que comprei e a levei ao banheiro, tirei a roupa que estava vestindo e quando abri a cortina do box, estava ele ali. Matt pelado na minha frente tomando banho e eu nua, uma cena constrangedora porém sexy.
TO BE CONTINUED..
Desculpem novamente a demora do capítulo, é que eu estava em época de prova semana passada. Vou tentar postar mais rápido os capítulos!
BEEEEEEEEEEEEEEEIJO!
que final uuuui, ridiculo ela ter jogado a amiga, ter machucado ela e tudo
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