A Culpa é do Brigadeiro: Lost In Life- Capítulo 4. Mudanças

(Créditos para a Larissa Muniz)

— O que? Não! Matt é só um conhecido.. — Disse
— Conhecido?
— É! Eu conheci ele hoje.
— E o que vocês fizeram?

— Nos divertimos.. Pra que você quer saber?
— Por que eu te amo! E que eu sei, ainda somos namorados.
— É verdade, me desculpa, mas é que nós andamos tão estranhos ultimamente..
— E eu quero que isso acabe! Amanhã depois do colégio, a gente vai sair juntos.
— Amanhã?
— É, por que?
— Eu e o Matt já marcamos uma coisa... Mas, eu desmarco! — Sorri
— Então, vamos no boliche?
— Ok!
— Já tá tarde, amanhã a gente se vê no colégio, eu te amo.
— Eu também te amo.

Ele me abraçou.

Depois ele foi embora. Tomei um banho e botei meu pijama, fui dormir.

Dia seguinte/ Segunda

Por incrível que pareça, desde que eu me tornei 'vampira', eu não sonho mais com aquela moça. Eu nem sonho mais! E eu não consigo parar de pensar em 3 coisas. Primeira coisa: O Matt disse que eu conheço ele, mais do que eu imagino. Mas como? Aquela lembrança deve ter alguma pista, alguma coisa.. Segunda coisa: A bruxa que eu matei disse que eu sou a chave, mas que chave?! Terceira coisa: Eu não paro de pensar em sangue.

[...]

Cheguei no colégio e vi Alison com Cody, eles estavam sorrindo.

— Oi! Do que vocês tanto riem? — Disse

— É.. Nada! — Disse Cody

— A gente tava lembrando dos micos que a gente passou ano passado no colégio. — Disse Alison rindo novamente.

— O boliche ainda rola hoje? — Disse Cody.

— Claro! — Disse e sorri.

O sinal bateu e nós entramos para a sala de aula

[...]

Saímos mais cedo por causa que o professor faltou. Peguei meu celular e liguei para o Matt; Ele atendeu.

— Hey, não vai dar pra eu passar ai hoje, eu vou no boliche com o Cody. — Disse

— Vai me trocar pelo namoradinho? É justo. Mas se você não quer descobrir o por que você ser a 'chave', ok. Assim eu posso me divertir também!

— Eu quero descobrir tá? Mas meu namoro tá indo por água a baixo e eu amo ele!

— Ok, se divirta.

Ele desligou e eu fui pra casa. O Cody me mandou uma mensagem falando que passa aqui daqui a 40 minutos. Almocei e me arrumei para o boliche.

Quando desci, o Cody estava me esperando, fomos para o boliche.

[...]

Jogamos bastante boliche, comemos pizza e andamos pelo shopping. De repente, o Matt vem até nós.

— Bonitinho pra você, mas eu sou mais. Como vai o namoro? Ainda por água a baixo? — Disse Matt ironicamente.

— O que você tá fazendo aqui? — Disse.

— Eu vim me distrair, não posso?

— Você tá me seguindo?

— Não! Tenho coisa melhor pra fazer. Não vai me apresentar ao seu namorado?

— Matt, esse é o Cody; Cody, esse é o Matt.

O Cody deu um sorrisinho disfarçado.

— Eu marquei de encontrar uma amiga aqui, então vou indo. Tente não ficar com ciúmes Candice. — Ele foi embora.

O Matt sem dúvidas é um idiota, mas eu preciso dele pra descobrir essa coisa doida de chave e ainda saber como é ser uma vampira.

— Amigo chato o seu. — Disse Cody.

— É..

— Vamos?

— Vamos!

Fomos até o estacionamento, entramos no carro e fomos para a minha casa.

[...]

Quando chegamos em frente a minha casa, ficamos no carro em silêncio, estava um clima estranho.

— Eu não aguento mais guardar segredo, eu tenho que te falar uma coisa. — Disse o Cody.

— Pode falar. — Disse e sorri, confiante em que não fosse algo ruim.

— Eu to terminando com você.

— O que? Por que? Se é por causa do Matt, você tem que entender que somos só amigos, eu te amo.

— Eu gosto de você, mas.. Você tá diferente. Nós estamos!

— Tenho certeza que é outra garota.

— Candice.. — O interrompi.

— Não! Eu não quero mais ouvir você, tá? Tchau!

Saí do carro e invés de eu ir para casa, dei meia-volta e fui para a casa do Matt. Chegando lá, ele abriu a porta sorridente e eu com cara de bosta.

— Ué, cade o 'Cody'? — Disse o Matt naquele tom irônico de sempre.

— Nem quero saber. — Disse

— Ok, tchau. — Disse ele.

Antes que ele fechasse a porta, eu entrei.

Ele fechou a porta.

— Isso que dá eu fazer amizade com criança. — Disse ele

— Eu quero ir naquela bruxa!

— Ok, mas e seu boy? Deixou ele na mão?

— Quem deixou foi ele.

— Iiih.. Quer um pouco de sangue? Vai te acalmar. Tem lá no estoque.

— Estoque?

— É, eu roubo do hospital aquelas bolsas de sangue, mas eu prefiro da veia humana, é mais fresquinho, quentinho e saboroso.

— Onde tá?

— Vem.

Ele me levou até o estoque, bebi uma bolsa inteira. Eu não conseguia me controlar, queria mais, mas ele me impediu. Ele pegou o celular e nós fomos para o carro.

— Matt, você disse que pra virar vampira tem que morrer com sangue de vampiro no organismo, né? — Questionei.

— É, por que?

— Por que ninguém me deu sangue de vampiro.

— Eu não sei e nem quero saber como você virou vampira então.

— Então porque ta me ajudando ir nessa bruxa?

— Por que eu também quero respostas.

— De que?

— Não é da sua conta.

Ele sorriu e começou a dirigir.

[...]

Dia seguinte/ Terça

Acordei e estava de manhã, ainda estávamos na estrada.

— Onde a gente tá? — Perguntei

— Em Atlanta.

— Eu não posso faltar ao colégio e eu nem dei satisfação aos meus pais, eu pensei que a bruxa morava na minha cidade, não em Atlanta!

— Eu falei pra você ontem que ela era de Atlanta, se você esqueceu, sinto muito, perdeu o dia na creche hoje.

Ele estacionou o carro e nós saímos dele.

— O nome dela é Samanta, chegamos, é aqui. — Disse ele.

Ele bateu na porta e a porta abriu levemente sozinha, entramos. Chegamos na sala e lá estava ela.

— Essa casa não mudou nada, tá na hora de uma faxina. — Disse Matt e sorriu.

Samanta sorriu, se levantou e o abraçou.

— E quem seria essa? — Disse Samanta.

— Uma vampira iniciante que é a 'chave'.

— Então ela é a chave? — Samanta fez uma cara de surpresa me encarando.

— Que chave? É isso que eu quero saber. — Disse

— Venha cá — Disse Samanta.

Sentei com ela no sofá.

— Eu não sei muito bem dessa chave, mas posso te falar dela. — Disse ela

— Dela quem?

— Katerina.

Fiz uma cara de quem queria saber mais.

— É uma grande história. Você é filha da bruxa mais poderosa do mundo, quando você nasceu, você nasceu humana e isso gerou uma grande dúvida a sua mãe. Teve uma época que descobriram que sua mãe era uma bruxa, então todos queriam matá-la, então ela escondeu você e a deixou crescendo sozinha. Mas o que ela não sabia é que você tinha alguém preso dentro de você.

— Como assim eu sou filha de uma bruxa? Isso foi quando?

— 1000 anos atrás.

— Mas.. — Ela me interrompeu.

— Deixa eu continuar. Essa pessoa que estava dentro de você, era Katerina, ela se prendeu dentro de você através de um feitiço de uma bruxa. Ela fez isso para se livrar das pessoas que a queriam matar, porque Katerina era uma vampira e naquela época, ninguém era a favor do vampirismo. E quando você se tornasse uma vampira, Katerina estaria livre. Sua mãe fez um feitiço em você que assim que ela morresse, você nasceria de novo como humana e não se lembraria de nada. Então você se tornou uma vampira, há 200 anos atrás e depois de algum tempo, sua mãe morreu e você nasceu de novo e Katerina voltou a ficar presa dentro de você novamente e agora que você é uma vampira novamente, ela está livre e ela virá atrás de você.

— Por que?

— Porque ela quer te matar. Ela ainda está ligada a você!

— De que jeito ?

— Do jeito de que ela não pode ir pra tão longe de você, ou seja, ela está perto de você. Do jeito que se você virar humana, ela fica presa dentro de você novamente. De alguns outros jeitos também.

— E eu sou a chave para que?

— Isso você terá que perguntar a ela, ela é a única que sabe.

— Mas como aquela bruxa falou que eu sou a chave e você ficou surpresa ao saber?

— Por que falam que quem achar a 'chave' e entregar para Katerina ganhará a vida eterna. Mas ninguém sabe o porque de você ser a chave. E eu não quero vida eterna.

— Como eu me tornei vampira sem ter sangue de vampiro no organismo?

— Porque você tinha Katerina dentro de você, ou seja, o sangue de vampiro dela.

— Isso é.. Diferente. — Disse Matt.

— Como eu era filha de uma bruxa e agora sou filha de uma humana?

— Você continua sendo filha de uma bruxa. Sua mãe humana, quando estava grávida, ela perdeu o bebê, então quando sua mãe morreu, você nasceu de novo e apareceu na porta da sua mãe chorando, dentro de uma cestinha. Ela te pegou e cuidou de você até hoje.

— Como minha mãe verdadeira se chama?

— Katie.

— Quem é meu pai?

— Um vampiro, ele se chama Nicholas e tá vivo ainda. Se quiser encontrar ele, vá em frente.

— Eu não faço nem ideia da onde ele esteja.

— Eu sei. Eu era amiga do Nick, então ele fugiu e deixou um bilhete dizendo que está em Nova York, agora se divirtam encontrando ele.

Ela voltou a ver tv e eu e o Matt saímos da casa, fomos até o carro. Fiquei com uma cara emburrada.

— Vai ficar tristinha agora porque aqueles não eram seus pais verdadeiros?

— Não! Mas é que isso é muito confuso.

— Cara, para de pensar nisso e vamos nos divertir.. Ah não, você é muito chata pra isso!

— Eu sou muito divertida, você que não me conhece.

— Não é o que parece.

— Aé? Então me leva em algum lugar e vamos nos divertir.

— Tá bom, vamos ver se você me supera.

Entramos no carro, botei uma musica alta e fomos até um bar barulhento. Chegando lá, já fui pedindo bebida, assim que eu fiquei bêbada comecei a dançar e quando percebi, tinha um pescoço de um homem em minha frente agora pedindo para ser sugado. Então quando fui sugar o sangue dele, Matt me empurrou para o canto com muita força. Fiquei com raiva, levantei e tentei sugar aquele pescoço de novo, mas o Matt me empurrou e ficou em cima de mim.

— Tente de novo e a gente vai embora.

— Então prefiro ir embora.

Empurrei ele pro chão e suguei o sangue do cara que estava a minha frente, ele caiu no chão e todos me olharam confusos.

— Vamo embora agora! — Disse Matt furioso.

Ele me pegou, me botou sobre seu ombro e me levou embora.

Quando chegamos no carro, ele me botou no banco de trás e depois fomos embora.

[...]

Chegamos em Greenville, na casa dele. Ele me tirou do carro e me botou no sofá.

— É, você não me superou.

— Claro que superei, você nem se quer bebeu uma gota de sangue

— Isso porque você não foi comigo semana retrasada.

— E o que você fez lá para me superar?

— Eu bebi o sangue de três pessoas e então chamaram a polícia, matei os policiais e depois as pessoas do bar correram, mas eu tinha uns amiguinhos comigo e nós bebemos o sangue das outras pessoas e depois matei meus amigos, tcharãnn.

— Você é doido.

— Já to acostumado a ouvir isso.

— Eu tenho que ir, tchau.

Me levantei do sofá e saí pela porta, fui andando pra casa, cheguei em casa tarde da noite.

— Aonde você tava?! — Disse meu pai nervoso.

— Em algum lugar.

— Candice, o que tá acontecendo com você?

— Nada ué

— Amanhã quando você voltar do colégio, quero você em casa! Em nenhum lugar mais!

— Eu tenho 18 anos, posso fazer o que quiser, você não manda mais em mim.

Passei sem dar a mínima pra ele, subi, tomei um banho e fui dormir.

Dia seguinte.. /Quarta-feira

Acordei e fiquei olhando para o teto. Só faz uma semana e pouca que começaram as aulas e olha quanta coisa mudou, eu sou uma vampira, eu e o Cody terminamos, sou a chave... Eu quero saber mais do meu passado, nem que isso signifique consequências. Quando me viro para o lado, vejo o Matt me olhando e tomo um susto. Depois volto a olhar pro teto e olho para ele novamente.

— Partiu creche? — Disse Matt.

— Como você chegou até aqui sem meus pais te verem?

— Esqueceu que eu sou um vampiro? — Ele sorriu.

Me levantei da cama e ele logo fez uma piadinha.

— Belo pijama, é sexy.

Virei os olhos e fui para o banheiro, tomei um banho rápido e me liguei que eu tinha esquecido de pegar minha roupa, saí de toalha do banheiro e ele já tinha ido embora. Peguei minha roupa na gaveta e quando viro ele está na minha frente.

— Mais sexy ainda.

— Cala a boca! — Disse

Fui para o banheiro e me vesti.