O Melhor Amigo do Meu Irmão- Capítulo 11. Be Alright

(Esse dia, esse prêmio, esse beijo, esses dois, omg, é muito pra mim *-*)

Nina procurava o celular desesperadamente na bolsa, até que achou e por falha ligou para Joseph e percebeu isso quando atendeu o celular; Incrédula com o que fez, desligou na cara de Joseph com as lágrimas já querendo sair de seu local de origem e discou o número de Meg. Suas mãos estavam suando e tremendo, como ela pode fazer isso? Pensou Nina.


— Alô? — Disse uma voz familiar do outro lado da linha, Nina reconheceu a voz, era a mãe de Meg, ela tentou recolher as lágrimas e deixar a voz estável, mas não fez muito sucesso.
— Alô, é a Nina, e-eu posso falar com a Megan? — Nina disse com a voz deixando rastros de instabilidade.
— Claro. Aconteceu algo? Sua voz está.. — Antes que ela pudesse completar, Nina respondeu a pergunta.
— Não, eu só estou um pouco resfriada e rouca. — Ela mentiu sabendo que a mãe de Megan não acreditaria, mas tentou passar outra imagem.
— Alô? — Disse uma voz diferente, era Megan. 
— Que história é essa? — Nina disse preocupada com o estado da amiga. Meg ficou em silêncio e Nina deixava escapar alguns soluços indesejáveis.
— Neens, você está chorando? — Meg começava a se preocupar com ela.
— E isso importa agora? — Ela respondeu enfurecida. — Meg, po-por que você fez isso? Isso vicia, isso é ruim, isso.. — A voz seca de Megan a interrompeu.
— Você não entende. — Ela disse sem emoção na voz. — No colégio, eu te conto, não dá pra contar agora sabe.
— O.k., só me prometa uma coisa, você não vai fazer novamente. — Houve um silêncio. — Megan! — Nina a pressionou.
— O.k., o.k.! — Ela se rendeu. — Tchau.

Nina desligou o telefone e o tacou na cama, ela estava com raiva por Meg ter feito o que fez mas tentava entender o lado da amiga, mas era difícil vê-la estragando seu corpo e se entregar a uma lâmina. Ela então entrou no chuveiro e tentou esquecer, por alguns minutos ela conseguiu esquecer Ian e o dia glorioso que teve hoje apesar dos apesares. Logo depois, se deitou na cama e ficou olhando para o teto por um tempo e depois de algum tempo de pensamentos confusos, enfim ela conseguiu se concentrar no sono e cair de repente no descanso.

Dia seguinte/ Quinta-feira

Nina jogou o lençol para o lado e se levantou da cama brevemente. Do quarto dava pra escutar os passos de Paul pelo corredor e também seu pai e sua mãe mexendo nas coisas na cozinha no andar de baixo. Ela abriu as cortinas e logo após as janelas, uma brisa fria entrou no quarto, o tempo estava nublado, com muitas nuvens, ventando limitadamente e o clima frio. A primeira coisa que pensou foi na tarde de ontem, com Ian e o show ao ar livre, o piquenique e aqueles olhos com um imenso oceano dentro, ela queria Ian pra ela como ela queria que ela fosse dele e ele dela. Ela tomou um banho rápido e se vestiu (link da roupa) . Descendo as escadas, ela pode ver seus pais tomando o café de manhã já cedo. Eles tomaram café juntos conversando sobre as férias de final de ano que estão chegando, logo depois ela foi para o colégio. Chegando lá, o sinal já tocou para a entrada e nem se quer deu tempo de procurar Meg, ela terá de esperar até o intervalo.



A aula da srta. Justice já estava a deixando enojada, ela olhava para a professora enquanto explicava a matéria com um olhar concentrado mas seus pensamentos estavam em Ian e depois de alguns minutos em Megan. Megan na fileira ao lado dela, na primeira carteira, já Nina estava entre o fundão e o início. O sinal finalmente tocou e as pessoas se levantavam rapidamente para o intervalo, enquanto Meg andava, Nina segurou a mão dela no meio da multidão e a seguiu.  

(...)

Elas se sentaram em uma mesa sem ninguém e ficaram em silêncio por um tempo.

— Já pode começar a falar. — Disse Nina enquanto dava uma mordida no seu cupcake e limpava o canto da boca sujo de glacê com a mão.
— Eu fiz e pronto. — Ela disse como quem queria mudar de assunto. — Aqui — Meg puxou a manga do casaco que cobria o pulso e Nina se assustou ao ver, estava com 6 cortes horizontais no pulso, ainda bem marcados; Ela puxou a manga de volta depois, deixando os cortes escondidos.
— Me promete que não vai fazer isso novamente! — Nina disse preocupada, largando o cupcake na mesa.
— Eu já te prometi isso, quer que eu prometa de novo?
— Se for preciso, sim. — Ela deu uma grande mordida no cupcake raivosamente.
— Vai com calma com o cupcake, ele não fez nada com você.
— Que pena, porque eu vou comer ele. — Um sorriso surgiu no canto de sua boca.
— Hummmmmmmm. — Megan deu um sorriso malicioso e Nina bufou. Alguns segundos depois, Nina começou a sacudir as mãos. — Que foi?!
— Eu tenho que te contar do Joseph! 
— Se beijaram né? Hummm.
— Se você fizer "Hummmm" novamente, eu juro que minha mão vai parar na sua cara.
— Ui, o.k., conta.

Nina contava cada momento detalhadamente, como se estivesse contando uma história de terror, Meg fazia caras e bocas em alguns momentos e depois Nina finalizou contando do encontro de "amigos" com o Ian.

— E então ele me levou pra casa e eu não consigo parar de lembrar daquele show, daquele piquenique, do Ian, de..— Meg a interrompeu botando o dedo na boca dela.
— Ok, ok garota enfeitiçada, quanto mimimi.
— Até parece que você não fica imaginando seu "Mimimi" com o Dean! — Meg deu um sorrisinho bobo. O sinal bateu e elas bufaram, ter que assistir mais três tempos consecutivos de geografia não é bom, nem um pouco.



As duas desciam a ladeira do colégio rindo e relembrando a cara do professor Daniel quando ele quase tropeçou no meio da sala de aula, até o diretor deu um riso abafado ao lado delas. Nina estava rindo, mas de repente, se enrijeceu ao ver alguma coisa, ela parou no meio do caminho e Meg olhou para o que Nina fitava e teve a mesma reação que ela. Nina ergueu o queixo e retomou sua posição. Elas desceram de mãos dadas pela ladeira e Nina sussurrou no ouvido da amiga: "Pode ir, tenho assuntos pedentes aqui." Quando elas chegaram ao final da ladeira, Meg seguiu seu caminho e Nina parou em frente a pessoa que a olhava triunfante.

— Oi Nina. — Disse o cara de cabelos encaracolados e sorriu.
— Oi. — Disse a voz seca de Nina, com nenhuma expressão no rosto.
— Eu vim te pedir desculpas por ontem, eu perdi a cabeça, eu não devia ter feito aquilo, muito menos te pressionado, se você não quer ficar comigo, tudo bem, é difícil conviver com isso. — Ele deu uma pausa. — Mas é mais difícil ter de conviver sem sua amizade. — Joseph disse com os olhos radiando perdão. Nina abriu a boca para dizer algo mas não sabia encontrar as palavras certas, enfim, ela conseguiu achar algo a dizer.
— O que você fez... Me assustou, não sei se posso confiar em você novamente, você pode fazer o mesmo novamente achando que vou te perdoar.
— Eu juro... — Ele segurou a mão dela e Nina as olhou confusa. — que nunca mais vou fazer aquilo. Nunca mais vou te pressionar. — Houve um grande silêncio e eles ficaram se encarando, trocando palavras pelo o olhar focado e translúcido, Nina conseguia ver além de seu olhar, conseguia ver a alma dele implorando perdão, ele não conseguiria viver sem ela, ela também não, Joseph era um ótimo amigo, apesar de ontem, ele é o Joseph. Ele deu um passo para frente, centímetros a boca dela e inclinou a cabeça para perto de seu ouvido, sussurrando palavras que fizeram as pernas de Nina ficarem bambas.

— Porém, — ele juntos os lábios e voltou a falar, Nina havia fechado os olhos, se concentrado nas palavras de Joseph — eu ainda espero por você. — Ele terminou a frase rouco mal contendo as palavras, deu um beijo breve em sua testa e a encarou seus olhos com um pequeno sorriso. Nina abriu os olhos e encarou os dele que haviam escurecido mais ainda. Ele a olhava de um jeito diferente, um olhar mais sério, mais focado e mais translúcido do que nunca. Ele mostrava compaixão. Então Nina o viu partir atravessando a rua, tinha uma pequena multidão perto dela a olhando, Nina encarou eles lançando um olhar enfurecido de "Perdeu alguma coisa aqui?" e foi para casa. No caminho, uma chuva começou e ela estava sem guarda-chuva nenhum, não adiantou procurar a bolsa toda, ela sabia que não tinha botado nada lá para se proteger. Então a chuva engrossou e ela já estava ensopada, engolida pela água. Um vento forte soprou e ela se encolheu de frio, depois ficou numa lojinha por um tempo, mas percebeu que não adiantaria, a chuva não parava e só aumentava mais. Então um carro buzinou para ela, a primeira coisa que ela pensou foi que era um estranho, mas viu o vidro do carro descer e percebeu que era seu pai. Ela entrou no carro e se sentou no banco da frente ao lado do pai e deu um grande suspiro de alívio.

— Você não tinha que estar trabalhando? — Nina perguntou enquanto o homem contornava a rua.
— A única estrada que vai para o meu trabalho e do seu pai está fechada. — Disse uma voz no banco atrás de Nina, era sua mãe.
— Hoje terá uma grande tempestade. — O pai de Nina falou com os olhos focados na rua.
— E o Paul? — Nina perguntou preocupada com o irmão.
— Está em casa com um amigo, qual é o nome mesmo amor? — Ele perguntou a esposa enquanto trocava a marcha. 
— Eu não me lembro, é Tian, Ryan, Miam... — Depois de alguns segundos, ela disse com a voz exaltada e estalou o dedo, se lembrando do nome. — Ian! É Ian. Você conhece ele filha? — Ela perguntou gentilmente.
— Sim. Mas por que ele foi lá pra casa? 
— Quando seu irmão estava voltando de carona com o amigo, a tempestade começou, então Paul sugeriu que ele ficasse até ela passar, já que está muito ruim pra dirigir e a casa de Ian não é logo ali na esquina segundo seu irmão.

(...)

O carro foi estacionado na garagem e Nina entrou pela porta dos fundos, ensopada, encontrou Ian e Paul conversando na cozinha, ela se enrijeceu e congelou na entrada da cozinha, quando Ian a viu, deu um riso abafado, mas Paul já deu uma risada alta. Nina fechou a cara e foi para o quarto, entrou no banheiro e tirou as roupas molhadas e se jogou no chuveiro, ficou distraída em seus pensamentos que até esqueceu do tempo que estava lá. Ela vestiu um jeans e um casaco não muito grosso e desceu para se juntar a Paul e Ian, pelo menos, ela pretendia isso.

TO BE CONTINUED...

Desculpa não ter gif nesse capítulo pra quem gosta, espero que gostem, beijos.