O Melhor Amigo do Meu Irmão- Capítulo 23. Fight

               

Uma semana depois...

As coisas tem andado desordenadas, Nina quando vai ao curso, não presta nenhuma atenção, só fica focada nos bilhetinhos que Megan recebe ao decorrer das aulas e logo após, a menina sempre sorri. Aquele seu sorriso bobo em que dá toda a resposta que Nina procurava. Sarah continua perseguindo Amy e Megan mesmo depois daquele dia. E descobriu que as duas marcam para se encontrar em um beco de noitinha para trocarem amassos. Nina anda tentando evitar Megan, pois ela mesmo sabe que não vai conseguir ficar de boca calada. Ian tenta falar com Nina para contar para Dean, mas a menina insiste em esperar. Até que o último dia da semana chegou e Nina havia dito que se Megan não contasse até aí, ela mesma iria contar. Ian marcou de a encontrar depois do curso, em uma cafetaria do bairro. Nina andava para lá neste momento, até que encontrou Paul, seu irmão, vindo em sua direção. Ela deu o melhor sorriso possível e tentou agir normalmente, inclusive nem um pouco nervosa.



— Hey, indo pra onde? — Paul disse se aproximando de Nina com uma latinha de coca-cola na mão, parando em frente a ela e sorrindo.
— E-eu vou para a livraria.
— Vai comprar que livro? — Nina ficou balbuciando algumas coisas, até que uma explicação esfarrapada veio à tona.
— O professor passou uma matéria complicada, então ele falou que tem um livro que explica tudo direitinho se ainda tivéssemos dúvidas. — Nina disse hesitante.
— Hum.. — Ele tomou um gole da coca-cola e voltou a falar. — Qual o nome?
— Nome? Nome do quê?! — Nina disse rindo fraco, tentando disfarçar sua aflição.
— Do livro. — Paul disse em tom de "dã".
— Ah. É, hãm.. Eu esqueci agora, mas eu tenho aqui anotado. — Nina disse tentando achar resposta em sua mente.
— O.k., não vai pra casa tarde, nossos avós vão lá hoje. — Paul se despediu com um abraço e partiu. Nina voltou a andar lentamente.

Quando deixou Paul sair de vista, ela virou a esquina e depois de alguns passos, entrou na cafetaria. O local não era nada grande, dava espaço para cerca de 20 pessoas. Era uma cafetaria estilo anos 80, bem decorada com vermelho e azul. Nina procurou Ian pelos olhos e o achou na última mesa fitando o cardápio concentradamente. Deu passos acelerados e duas mesas antes, sem querer acabou dando um encontrão com um cara que acabara de se levantar. Um barulho de livros e papeladas caindo fez efeito no local, Nina logo se abaixou para catar as coisas derrubadas e quando foi entregar as coisas para o homem, viu quem era. Michael Thompson, seu amigo de colégio e ainda ex-namorado. Os dois se levantaram e botaram os materiais na mesa ao lado em que ele estava antes sentado e sorriram, em uma forma de "Oi". Nina lembrou do que Ian havia dito a ela: "Não acho que ele vai te fazer bem." Ian nunca gostou de Michael e não vai ser qualquer coisinha que vai mudar isso.

— Quanta papelada. — Nina disse sorrindo de forma calorosa, com as bochechas coradas.
— Pois é. — Michael sorriu junto. — Como vai as férias? — Ele botou as mãos nos bolsos.
— Tá indo bem por enquanto. — Nina sorriu ao se lembrar de Ian e sua noite maravilhosa. — Estou fazendo curso preparatório. Já sabe pra que colégio vai? — Nina perguntou e percebeu que Ian olhava para eles.
— Devo ir para a Secondary School.
— Eu também. — Nina disse em um tom empolgante. Os dois ficaram se olhando por um tempo e eles não tinham o que falar, apenas ficaram ali, um encarando o outro, tentando achar alguma coisa pra falar.

                     

— Ham... Eu vou indo então. — Michael disse em um tom gentil, Nina logo tomou impulso e o abraçou. Percebeu que estava fazendo isso na frente de Ian e por mais que parecesse provocação, não era, mas se tornou. Os dois se soltaram e ela viu Michael partir, logo andou até a mesa onde Ian estava. Ele fitava cada movimento dela. Nina se sentou em frente a ele e pegou o cardápio das mãos de Ian e começou a ler, se decidindo no que escolher. 

— O que foi aquilo? — Ian perguntou perplexo, mas sua voz era baixa.
— Aquilo o quê? — Nina perguntou despreocupadamente enquanto ainda checava o cardápio.
— Aquilo. — Ian disse desta vez claramente e sua voz aumentou de uma maneira limitada.
— Amigos se cumprimentando. — Nina disse largando o cardápio na mesa e sorriu, com um olhar de diversão.
— Bom dia, o que vão querer? — Uma garçonete de cabelo arruivado disse com um bloquinho na mão e uma caneta.
— Eu vou querer um duplo de chocolate com creme e flocos de avelã, dois cupcakes de chocolate também. — Nina disse enquanto virava o rosto em direção a mulher, mas com o olhar ainda em Ian, quando seu rosto finalmente virou-se totalmente para a garçonete, ela trocou a direção do olhar e sorriu de volta para a ruiva. Nina viu a atendente anotar rapidamente no papelzinho amarelo e voltar seu olhar para Ian.
— E você, Ian? — A garçonete perguntou em um sorriso comprometedor. Como ela sabe o nome dele? Nina pensou e logo voltou seu olhar persistente para Ian, ele o viu, mas ignorou e sorriu para a mulher de pé, de uma forma provocadora.
— Nada. — Ian disse gentilmente com uma piscadela e a mulher se virou e andou o corredor pequeno, Ian observou cada passo dela e Nina logo o chutou raivosamente, ele fez uma careta de dor e arregalou os olhos para ela.
— Você olhou pra bunda dela! — Nina reclamou.
— Só você pode provocar? — Ele disse em um sorriso brincalhão.
— Como ela sabia seu nome?!
— Nos conhecemos. — Sua voz tinha um pouco de ironia.
— Sei bem o que você quis dizer com "conhecer". — Ela disse e virou os olhos.
— Podemos falar do assunto importante agora? — Ian disse botando as mãos com os dedos entrelaçados na mesa, seu olhar estava sério desta vez.
— Sobre isso... Não tem um jeito de contar que faça isso parecer menos pior do que já é. — Nina tirou a franja do rosto.
— O.k., mas a gente tem que contar, você sabe disso. — Ian percebeu que Nina olhava para vários cantos, como se não quisesse contar e fugir do assunto. — Nina!
— Eu sei, eu sei. — Nina respondeu automaticamente. — Então fala ai espertão, vai contar como? — Ela cruzou os braços e o olhou desafiadoramente.
— Com a boca. — Nina bufou e ele riu. — A gente pode marcar de se encontrar aqui com ele e contar. — Ele disse tentando contornar a brincadeira.
— Tá maluco? Não! Cafeína só vai deixar ele mais nervoso. — Logo a ruiva de antes chegou com o pedido de Nina e o entregou, quando foi embora, Nina falava um monte de coisas rapidamente, mas percebeu que Ian olhava para alguma coisa, ela levou seu olhar para o que Ian fitava. Resultado: a ruiva com a bunda para cima pegando alguma coisa no chão. Sua saia era tão curta que quase dava visão para o que estava de baixo dela.
— Ian! — Nina explodiu.
— Quê, hã? Oi, fala. — Ele disse ainda voltando a realidade. Nina bufou e virou os olhos.
— Você vai sofrer as consequências. — Nina deu uma mordida em seu cupcake.
— Aé? — Ian soltou uma gargalhada. — Como o quê? — Ele disse ainda rindo.
— Vamos ver se você vai me ensinar alguma matéria. — Nina sorriu, dando o troco. Ele ria até ouvir as palavras claras de Nina. Ian ficou de boqui-aberta e balbuciou alguns "não." "me desculpa." O coitado não aguentava ficar na seca. — Vamos voltar ao assunto importante? Obrigada. Olha: O único jeito de contar para o Dean é você contar pra ele.
— Eu?! Porque eu? — Ian reclamou.
— Porque você é amigo dele. — Ele bufou.

Nina não falou mais nada depois disso e tomou seu lanche em paz. Ian olhava para fora da janela, enquanto esperava ela acabar.

— Vamos decidir então. Não contamos para ele. — Nina sorriu satisfeita, como se desse fim ao assunto.
— O quê?! Mas.. — Nina o interrompeu.
— Nada de mas. Não vamos contar. O.k.? — Ian ficou em silêncio, Nina logo o chutou por baixo da mesa.
— O.k., o.k.! — Respondeu imediatamente depois da agressão.

Os dois se levantaram e caminharam até a saída, o caminho da casa de Ian era para o lado oposto de Nina, ela logo tomou iniciativa e seguiu seu caminho, com passos firmes. Ainda estava brava, no caso, com ciúmes da garçonete. Logo ela sentiu alguém a puxar pelo braço com certa força, fazendo-a dar um encontrão com a pessoa que a puxara. Viu que era Ian, mas antes que pudesse o xingar de inúmeras coisas, ele a beijou. Um arrepio percorreu o corpo de Nina, ela levemente levantou sua mão e encostou no braço de Ian, retribuindo o beijo.

                   

— Não curto ruivas. — Ele disse enquanto afastava seu rosto do de Nina, com um sorriso bobo no rosto.
— Idiota.

A menina deixou seu sorriso escapar, era inevitável. Eles ficaram ali conversando sobre a situação de Megan, mas Nina logo lembrou que já era hora de ir para casa, ela teria visitas. Os dois se despediram e ela tomou seu caminho. Chegando em casa, tentou fazer o mínimo barulho possível ao fechar a porta, mas não adiantou, logo escutou a voz de seus avós descendo a escada e quando ela se virou, seu avô já estava a abraçando.

— Oi vô! — Ela disse com a voz meio abafada em meio ao abraço apertado. 

Logo foi a vez de sua avó a abraçar. Nina sempre gostou mais dos avós paternos do que dos maternos, ela tinha melhor convivência com eles e ela sempre amou muito sua avó. Quando era menor, enquanto seus pais tinham que trabalhar, sua avó cuidava dela e de seu irmão. Seu avô também ficava as vezes com eles. Seus avós paternos eram seus segundos pais. Após Nina conversar com os avós um tempo, subiu para seu quarto e tomou um longo banho. Botou uma roupa simples e foi almoçar com a família.

P.O.V. Ian Somerhalder

Mesmo que a Nina tenha dito para não contar para o Dean, eu vou contar. É injusto ele ficar sem saber. Se fosse comigo, ele contaria pra mim, disso eu sei. Ela não vai precisar ficar sabendo também, ela descobre depois de alguns dias. Peguei meu celular e disquei o número de Dean.

— Fala aê. — Dean disse com sua voz rouca de sempre.
— Tá livre amanhã? 
— Acho que sim, por que? 
— Ah, é que meu carro tá com um problema aqui e eu ia precisar da sua ajuda. — Menti, mas nesse caso era necessário.
— Dá mó preguiça, sabe como é né?
— Coé, quantas vezes já te ajudei na sua lata velha?
— Lata velha não, olha como você fala do meu Impala. Já disse que é um clássico e.. — Ian interrompeu.
— Blá blá blá. E ai, vai vir? — Houve um grande silêncio até a resposta de Dean.
— O.k. Que horas?
— De tarde, 15:30, pode ser?
— Tá marcado então.
— Tchau.

Logo pude ouvir o "tu tu tu". Não me arrependo de ter mentido para Nina, ela vai entender. Pelo menos, eu espero que sim.

P.O.V. Nina Dobrev

Eu e meus avós tivemos um maravilhoso dia. Eles fizerem um almoço delicioso junto a meus pais e gosto quando eles vêm aqui, porque é como se tudo de ruim fosse embora. Rimos enquanto almoçávamos e conversávamos. Paul sempre lançava suas piadas cotidianas, que por mais que não tivesse graça, dávamos altas gargalhadas. Depois de termos almoçado, fomos ver um filme, no meio dele, meus avós já estavam dormindo no sofá, minha avó encostando a cabeça no ombro de meu avô. Acho eles tão fofos, porque apesar de tanto tempo, eles não perderam o amor com o outro, ainda se amam da mesma forma há 30 anos atrás. Isso pode até soar clichê, mas acho que todo mundo quer amar e ser amado. Assim que acabou o filme, fomos lanchar. No caso, estamos lanchando agora. Menos Paul, ele está no computador, não desgruda de lá.

— Nina, hoje quando eu estava vindo pra cá com seu avô, te vi com um rapaz. — Engasguei com o pão na hora, mas logo consegui me estabilizar.
— Ah, é? Hum... — Sorri fraco.
— Quem era? Seu namorado?! — Dessa vez foi meu pai que engasgou.
— Não, vó. — Disse aflita.
— Quem então? Ficante?! Amante?! — Ela dizia interessada. — Seu pai também era bem pegador nessa idade. — Minha vó disse em meio aos risos;
— Era um amigo meu do curso. Eu fui na livraria, aí na volta eu encontrei ele. — Menti.
— Eu... — Ela logo parou de falar, quando lancei um olhar insistente, quase que pedindo socorro e ela pareceu entender. — Eu devo ter entendido errado, até porque você estava com um livro na mão, estavam discutindo sobre alguma matéria? — Ela mentiu.
— Física. — Percebi que minha vó atendeu o recado direitinho.

Logo um silêncio se estabeleceu e minha vó me mandou uma piscadela, sorri automaticamente. Quando acabamos de lanchar, ela pediu para eu mostrar meu quarto novo, ele foi reformado a pouco tempo. Subi com ela e fui mostrando. Enquanto falava sobre a reformação, escutei um barulho na porta. Me virei e vi que ela a fechou e logo após, se sentou na cama, me chamando. Me sentei ao lado dela.

— Conta pra mim. Quem era? — Ela me deu um empurrãozinho e eu sorri boba por me lembrar de Ian.
— Meu amigo do colégio, já disse vó. — Menti. Não poderia contar para ela, para ninguém. Por mais que eu quisesse compartilhar com alguém.
— Desde quando um amigo beija você? Ah, e pode deixar que seu avô não viu. — Ela disse botando a mão em meus cabelos e os acariciando. — Aquele velho tava sem óculos e você sabe que sem ele, seu avô não vê nadinha de nada. — Legal, ela viu a parte do beijo, não tenho mais desculpas. Mas mesmo assim, não respondi, continuei encarando o chão. — Não confia na sua avó? Vamos, me conte logo! — Ela dizia animada.

— Promete não contar pra ninguém? Nem pro meu pai? — Disse enquanto virava meu rosto para olhar diretamente pra ela.
— Prometo. — Minha avó sorriu e isso me fez continuar a falar. Contei tudo pra ela, desde o início, quando eu conheci ele e tudo. Menos uma coisa: sobre nossas noites. Mudei para um fato mais santo. Assim que acabei de contar, ela não falou nada. Isso causou certo suspense, até que ela sorriu.
— Só isso? 
— Só.
— Você sabe... Vocês nem.. Fizeram nheco-nheco?
— Vó! — Disse dando gargalhadas.
— Ué, na sua idade eu já tinha feito. Com camisinha é claro! — Ela disse rindo também.
— Ai ai... — Disse tentando parar de rir. Quando olhei pra minha vó, ela estava com os olhos esbugalhados para mim e a mão na boca. — Que foi? — Perguntei, achando estranho.

— Você fez!!! Você fez nheco-nheco com ele! — Ela disse surpresa.
— Eu?! Não.. Claro que não. — Disse em uma má atuação.
— Eu sei quando você está mentindo, eu te conheço! Essas bochechas coradas, essa atuação de última qualidade... E aí, como foi? 
— Você é impossível. — Ri.

               

— Como foi?! — Ela perguntava insistente.
— Lembra da parte em que eu fui pra casa dele depois do encontro? Foi mais que um beijo... E acabou que rolou.
— Só essa vez?
— Algumas outras também. — Disse sorrindo envergonhada.
— Sua danadinha!! — Ela disse me dando um tapa leve no final da coxa.
— Você que perguntou. 
— Acho que eu não to muito velha pra pegar ele também não é? — Naquela horas caímos na gargalhada, até que de repente a porta se abriu e nós nos ajeitamos e a encaramos, até que apareceu um rosto sorridente ali.
— Não queria atrapalhar o papo de vocês, mas é que vim chamar para jantar. — Paul disse encostado na porta, com uma mão na maçaneta.
— Ah, estamos indo. — Disse me levantando.

Descemos e fomos jantar, minha vó sempre olhava pra mim e mandava aquelas piscadas engraçadas dela. Depois de jantarmos, meu avós tiveram que ir embora, pedi pra ela ficar, mas ela disse que tem que tomar conta da minha prima de 4 anos. Logo quando ela foi embora, fiquei um pouco no notebook e depois fui dormir.





Dia seguinte/ Sábado.

O dia estava fechado, o Sol tinha ido dar uma volta, prometeu voltar, mas nada dele. Ventava pouco. Já fazia cerca de 15:30, Ian esperava por Dean. Enquanto ele estava sentado em sua varanda, a pouco metros de distância do portão branco, Dean atravessava a rua correndo, até que chegou na rua reta de Ian, que no caso era um condomínio, Dean andou a rua cansado, até chegar no portão enorme verde que vinha de canto a canto da rua. No lado esquerdo do portão, tinha a passagem para pessoas, Dean passou por lá e falou com o porteiro, como sempre. A casa de Ian era a primeira da rua, uma enorme varanda. Dean passou pelo portão e encontrou Ian sentado, mexendo no celular.

— E aí. — Dean disse se aproximando dele, Ian logo se levantou e botou o celular no bolso. Os dois se cumprimentaram em um aperto de mãos. — Cadê o carro? — Dean perguntou e procurou o carro com os olhos, mas não achou.
— Sobre isso... — Ian disse andando até uma pilha de cadeiras brancas de plástico e pegou uma, botou em frente a que ele se encontrara sentado. Dean franziu o cenho e se sentou na cadeira, Ian se sentou na outra.
— O que há de errado com você? — Dean perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

            

— Cara, não tem nada de carro quebrado! — Ian disse nervoso. — Eu preciso te contar uma coisa e você não pode contar pra ninguém por enquanto. — Quando ele acabou de dizer, escutou vozes familiares conversando e chegando cada vez mais perto.
— Sobre isso... — No caso, Dean roubou a fala anterior de Ian.

Ian logo se levantou e olhou para a rua e descobriu de quem eram as vozes familiares. Noah, Joseph, Matheus e Paul se encontravam conversando com o porteiro, no caso bem animados.

— Você chamou eles? — Ian parecia irritado desta vez.
— Sim, pensei que ia querer ajuda com o carro. — Dean respondeu inocentemente.

Logo o portão foi aberto bruscamente com Noah e os capangas atrás, eles entravam pulando e saltitando, como se tivessem ganhado algum jogo. Todos entraram gritando coisas sem sentindo e depois, foram falar com Ian, porém, ele não estava nem um pouco animado mais. Após o cumprimento de todos, Ian olhava para eles perplexo e pensando no que ia fazer agora.

— E aí, cadê a lata velha? — Paul perguntou.
— Esse é o problema.. — Ian disse coçando a cabeça. Os meninos se olharam, tentando achar alguma resposta.
— Qual o problema? — Dessa vez, Matheus perguntou.


Uma hora antes...

Megan e Nina estavam em suas casas e no mesmo momento receberam uma mensagem. Era de Noah.

"Casa do Ian, 15:30 hoje!!"

Nina logo se assustou, pensando que ele iria contar sobre Megan, mas ela logo refletiu e pensou que ele não faria isso. Já no caso de Megan, ela ficou em dúvida, por medo de não saber agir quando estiver com Dean. As duas deixaram de lado e foram fazer suas coisas. Nina ficou lendo um tempo, até que foi beber água e encontrou Paul na sala, arrumado e parecia mandar uma mensagem no celular.

— Vai sair? — Nina perguntou enquanto terminava de descer as escadas.
— Vou. Casa do Ian. — Ele guardou o celular no bolso da calça. — Você não vai?
— Tô pensando ainda.
— O.k. — Ele sorriu fraco. — Bem, eu vou indo. — Ele disse andando até a porta.
— Tchau. — Ela acenou com a mão.

Logo Paul saiu pela porta e Nina foi beber água, e se decidiu se ia ou não. Megan ainda estava pensando, só depois de alguns minutos que tomara a decisão também.





— Peguem uma cadeira pra cada um. — Ian disse e os outros foram atender o pedido. Logo, todos estavam sentados, encarando Ian. Ele parecia tenso, até porque o plano era contar só para Dean. Mas de um jeito ou de outro, todos iriam ficar sabendo, porque não antes?
— Tô quase dormindo desse jeito. — Matheus disse todo arreganhado na cadeira.
— Já to sonhando. — Noah disse de olhos fechados, estirado na cadeira. — Estou vendo pôneis. E um deles se chama Ian. — Todos riram, até Ian.
— É o seguinte: Eu preciso contar uma coisa séria e preciso da atenção de vocês, sem brincadeirinhas. — Eles focaram no assunto. — Dean, como vai você e a Megan? — Ele perguntou olhando diretamente pra ele.
— Bem, por que? — Os olhos de Dean mostravam a mentira.
— Seu rosto já mostra tudo. — Ele virou a cara.
— O.k., a gente não tem saído, ela tá meio que diferente. Mas e daí? Ela pode tá naquelas fases... De menina. — Ele fez uma expressão engraçada.

              

— O que eu tenho pra contar pra vocês... É sobre a Megan. — Dean entortou a cabeça de lado e semi-cerrou os olhos, o fitando. Ian começou a contar e Dean parecia perturbado. Quando acabara de contar quase tudo, alguém interrompeu.
— Cara, a Megan curte frutas diferentes. — Noah disse e parecia perplexo.
— Ian, isso é sério? — Paul perguntou.
— E parece que eu to brincando? Agora deixa eu continuar, eu não terminei. — Ian se levantou. — Elas marcam de se encontrar toda noite em um beco e a Nina tinha falado com uma menina pra seguir elas e acabou que ela descobriu isso... — Ian pegou seu celular e mostrou o vídeo delas trocando amassos no quarto.
— Qual o nome dessa baranga? — Dean disse cerrando os punhos.
— Ela se chama Amy e.. — Antes que Ian pudesse continuar, alguém o puxou bruscamente pelo braço, o fazendo dar meia volta e logo após tomou um daqueles tapas, seu rosto ardia, até que ele viu Nina o olhando furiosamente. 

                 

Noah e Matheus se olharam e fizeram expressões engraçadas. 

               

— Que parte de ficar de boca calada você não entendeu? — Nina disse cerrando os dentes de raiva.
— Então você não queria me contar? — Dean disse se levantando e ficando de frente aos dois.
— E-eu só acho que a Megan que tinha que te contar.
— E você acha que ela iria contar? O fato dela ter me traído com aquela baranga só faz ela ser uma... — Antes que Dean pudesse continuar, ele ouviu passos vindo até ele e quando olhou, já sabia quem era, mas confirmou. Era Megan. Ela parou em frente a ele.

                                                 

— Uma o quê? Vai, continua. — Dean não falou nada. — FALA DEAN! — Dessa vez, Megan gritou.
— UMA VADIA! — Após falar, foi Dean que levou um tapa.

                

— Uou! — Noah disse com a mão sobre a boca.
— Você acha que tem razão nisso tudo? — Dean disse depois do tapa. — A Nina descobriu, você acha que conseguiria se esconder de todo mundo? 
— E você, porque não toma conta da sua vida? — Megan disse andando até Nina.
— Se você tivesse me contado!! — Nina disse se aproximando também, sua voz tinha um tom raivoso e era alta.
— Do mesmo jeito você contaria pra todos!
— Megan, sua situação é a pior de todas. — Nina dizia cerrando os punhos, tentando conter a raiva.
— Aé?! — Megan disse dando um risinho e se aproximou de Nina. — Pior você que transa com o Ian sem ninguém saber! — Dessa vez, Megan soltou tudo e foi como se tudo tivesse parado. 

TO BE CONTINUED...

SEM DÚVIDAS EU AMEI ESSE CAPÍTULO! Pra mim foi um dos melhores!